Antes de tudo um bom novo ano a toda a população Milfontense. Novo ano, novas resoluções e toda a gente cheia daquela “pica” habitual de fazer promessas que de facto, na maioria dos casos, não se realizam mas de esperanças se move a vida e, certo, também é não pagam contas. Vila Nova de Milfontes. Terra de bons costumes perdidos nos tempos e gerações. Terra de cultura muda e surda. Terra de Pescadores sem mãos. Numa visão muito peculiar, mas de fácil entendimento, o ambiente sócio-económico vivido na “Princesa do Alentejo” já teve dias mais solarengos. Efectivamente deviam-se louvar e apoiar as poucas mentes iluminadas que andam a fazer algo pela vila contudo abecede-me um pouco ver o poder político local e municipal a se sobrepor aos interesses culturais da nossa rica vila. Somos a terra que tudo tem e pouco ou nada se aproveita. Constate-se que a freguesia possui cerca de 75,88 Km2 de área total e muito pouca dessa terra, cultivável, está a ser usada para fins agrícolas. Estamos a viver num buraco agrícola de todo o tamanho visto que uma das principais riquezas da nossa freguesia, com 64 localidades na sua totalidade, é a agricultura. Não esquecendo ou dando menos importância à actividade piscatória. O poder político local, por conseguinte, o municipal deviam de ser mais despertos juntas das autoridades competentes e lutar por mais apoios à agricultura. E porque é que deveria ser feita tal coisa? Simplesmente porque poder político tem uma voz mais activa, algum “background” entenda-se, quando é para “mexer os cordelinhos” a arranjar fundos para isto e para aquilo refiro-me claro às vozes dos nossos presidentes. A união faz a força. Penso que o intuito de ver a nossa “Princesa” crescer é desejo comum entre os habitantes desta pérola alentejana como ficou confirmado na apresentação do Programa Polis (1). Estou em crer que chegou a hora de voltarmos a lutar pelo que nós fazemos parte, pelo que os nossos antepassados construíram, por marcar outra vez Vila Nova de Milfontes na página da História. Espero sinceramente que encontrem o seu par nesta dança graciosa e clássica que a Valsa é e que dancem sem parar para que a nossa “Princesa” continue a sonhar e concretizar com a ajudar de todos. Despeço-me com amizade.
Marco Matos
(1) –http://polislitoralsudoeste.pt/