São números preocupantes aqueles avançados hoje pela Rádio Pax. A rádio bejense noticia que desde 2005, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Odemira já mais abriu 600 processos. Deste número, 50 continuam activos, sendo que os restantes foram arquivados. Para além de Vila Nova de Milfontes, as freguesias com mais casos sinalizados são São Luís e São Teotónio. A maioria dos casos foram sinalizados pelas escolas e pelas autoridades policiais. Os principais problemas identificados incidem sobre a negligência, a violência doméstica e o abandono escolar.
Em toda esta problemática temos que realçar o rácio entre casos abertos e casos arquivados. Se dos 600 casos que foram abertos, apenas se encontram 50 activos, não terá havido algum excesso de zelo na sinalização de alguns dos casos? Contudo, compreende-se que em casos de dúvida, as entidades se sintam obrigadas a cumprir a sua parte.
Espera-se que a presença activa da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens contribua para prevenir estes casos e sirva também para identificar as causas que levaram a esta quantidade alarmante de casos.